domingo, 5 de junho de 2011

Autoentrevista: para mulheres que ainda têm esperanças de dias melhores

Andréa Stefani – artista, escritora, observadora-participante das relações humanas – vê nos encontros afetivos atuais entre mulheres e homens grandes abismos e mal entendidos, separando-os.

Com as expressões feministas das décadas passadas, as mulheres galgaram espaços o que, timidamente, tem resultado num início para a igualdade de oportunidades entre os gêneros – um sonho das gerações anteriores. Entretanto, perderam caminhos de si mesmas nas afetividades. Já os homens nem perderam, nem ganharam, continuam como sempre foram: estagnados. Segundo a artista, no futuro caberão às mulheres as escolhas de suas vidas e os rumos das relações de amor e sexo, já que os homens continuarão nos sofás, assistindo futebol e bebendo cerveja com os amigos. É a elas que se destina essa autoentrevista.

Autoentrevistadora:

Como você percebe as relações entre homens e mulheres na sociedade atual?

Andréa:

Tento ser otimista, mas as coisas tendem a ser cada dia mais conflituosas nas relações amorosas. A maioria das minhas amigas tem se mostrando muito insatisfeita com as relações íntimas. Parece que tem faltado muita coisa: contanto real, investimento na relação, qualidade no sexo e nas atividades prazerosas, diálogo. Não consigo ver nos homens o foco para descobrir, amar e transar com uma única mulher por um tempo maior. Eles têm pulverizado as atenções para transar com o maior número possível, como se estivessem numa competição em que ganha quem “comer” mais rapidamente o que estiver pela frente. Vejo nisso um péssimo retorno à adolescência, onde se tem pressa pela quantidade para parecer “mais homem”, mais experiente perante os demais. Diante desse comportamento infantil, as mulheres têm se dobrado aos desejos dos homens e se submetido a quaisquer migalhas de relação para não ficar sozinhas, mesmo que sejam condições inaceitáveis e contra suas vontades.

Autoentrevistadora:


Mas as mulheres não estão mais emponderadas e independentes? Elas ainda fazem qualquer coisa por homens?

Andréa:

Infelizmente sim. Nós fazemos muitas bobagens para manter uma relação de afeto com um homem. E o grande mistério é que muitas mulheres estão emponderadas e independentes. Estudamos mais, temos vários títulos, falamos mais idiomas, somos independentes, inteligentes e obstinadas, mas continuamos atraídas por homens de níveis econômico-social-intelectual mais baixos. Isso sem falar nos tipos “clássicos” da masculinidade atemporal: os cafajestes, os malandros, os galinhas, os broncos e aqueles que não têm recuperação: o que faz cara de sofredor, para despertar pena na gente (risos). O problema é que os homens não dão valor e não enxergam mais nada além de bunda e peitos explícitos. Não importa se você é PHD, fale diversos idiomas, seja inteligente e independente. Nem a beleza importa tanto. Eles só pensam em qual das mulheres que ele viu vai dar mais rápido para ele. E como eu disse, muitas mulheres acabam se desvalorizando – tornando-se uma “bunda-loira-de-peitão-com-saltão-de-acrílico” para conseguir atrair a atenção do cara e, quem sabe, fazê-lo amá-la, tão logo ele se canse da imagem da gostosona. O pior é que o cara não vai mudar, porque ele só sabe agir assim. Alguém ensinou a ele que as coisas são assim: homem que é homem age assim. E adivinhe que propaga essa conduta desvalorizadora das mulheres na mente dos homens? A mãe dele!

Conheci um tipo assim esses dias. Ele fez questão de me botar a par da “fila” de dez mulheres interessadas nele. Dizendo-se um homem “feminista” e compreendendo a “alma feminina” ele não mediu termos para me informar que os homens são “animais” que precisam ser “adestrados” – “tudo bicho!” – ele disse. Já as mulheres são sensíveis e amorosas – “é o natural da alma feminina”. Justificando essa suposta naturalidade nos comportamentos de mulheres e homens, ele sacou a máxima: “tem dez mulheres a fim de mim”. Entendi que com essa propaganda ele queria dizer que não estava muito a fim de jogo demorado. Ele estava procurando sexo mais rápido e com menos envolvimento. Pedi para ele me tirar da fila (risos).

Autoentrevistadora:
Em sua opinião o que está havendo com as mulheres ao se sujeitarem a esses modelos de homens?

Andréa:

Nessa sociedade cada vez mais rasa e impessoal, com a internet como possibilidade de se conhecer diversas pessoas ao mesmo tempo e a rapidez com que as pessoas têm de fazer o maior número de tarefas no menor espaço de tempo, todas nós mulheres procuramos alguém para que tudo isso tenha algum sentido, um conforto afetivo. Não se trata de “caçar” um cara, conquistá-lo e amarrá-lo a força num casamento como garantia de felicidade. Os homens – pelo menos alguns – não são animais que só pensam em sexo e nós mulheres, tão pouco, neuróticas querendo alguém para passar os anos reclamando de tudo. Os prognósticos são desanimadores: mais gente sozinha (ambos os gêneros); descrentes nas relações humanas; preferindo um macarrão instantâneo e novela das oito a conhecer alguém legal. Quem sabe um namorico pelo facebook? Dá um medo danado e uma angústia visceral procurar alguém, conhecer, investir para depois terminar em uma frustrante trepada mal feita.

Atualmente para as mulheres é menos doloroso (e menos decepcionante, também!) se afogar nas marcas de roupas e sapatos, se encher de perfumes e maquilagens das maisons francesas, comer chocolates, sonhar com os galãs das novelas e suas relações amorosas com as personagens femininas, do que encarar um homem com seus defeitos. O mercado já percebeu isso e hoje concebe as propagandas bem apelativas, mostrando casais lindos e felizes que compram roupas da moda, usam perfumes caros e circulam em carrões ultra-chiques. Inconscientemente, a gente se atira de cabeça nos produtos anunciados como tentativa de conseguir o homem estupendo “vendido” nas revistas.

Autoentrevistadora:
Então o futuro será desolador para as mulheres?

Andréa:

Creio que o futuro será desolador para toda a humanidade (risos). Mas nós mulheres não temos nada a temer. Homens bons ou não, relações ruins ou satisfatórias - temos vivido intensamente a possibilidade do encontro exitoso no sorriso de cada um dos que conhecemos. São tentativas de sucesso. O importante é não desistir de si mesma em função daquilo que talvez o outro nem possa nos dar. Eu tenho certeza de uma coisa: minha pele é o melhor lugar do Universo para eu ficar. Estando em mim mesma e comigo mesma - sendo coerente com quem sou e o que desejo para mim - as coisas acabam se encaixando. Não digo nada se em alguns anos os papéis não se modificarem de tal maneira que serão as mulheres quem escolherão, dentre os maravilhosos matizes de homens, aqueles que as agradarão por muito tempo. Desde que, é claro, tenhamos consciência de que tipos de mudanças podem ou não ser atendidas em cada tipo de homem, e – sobretudo – plena autoconsciência e autoconfiança em quem nós somos de verdade – nossa essência única e individual. Vai dar para continuar vivendo, sim e muito bem!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Pior do Brasil são os Brasileiros II (sobre falta de educação)

Uma mania genuinamente brasileira é a de ser folgado, espaçoso, sem "semancol".

Peço desculpas aos meus leitores pela generalidade, mas continuo pensando exatamente como quando tinha 8 anos de idade: - "Acredito na regra. As exceções são apenas ... exceções!"

Então, vamos à regra!

O brasileiro não se manca, mesmo! O cara ouve sua conversa e opina, sem ser chamado. Invade seu "espaço" corporal nos lugares públicos, te cutucando, apertando, apalpando ou esbarrando com as bolsas nas suas costas. Requisita os maiores absurdos na condição de "favor" e se vc disser "NÃO", terá um inimigo para sempre.

E ainda tem gente que acha que é um país com povo cordial....

Impossível!

O nome disso é "FALTA DE EDUCAÇÃO", "GROSSERIA", "PÉSSIMA CRIAÇÃO FAMILIAR".

Não tem nada de honroso, cordial, enaltecedor em ser: CHATO, FOLGADO, INVASIVO e INTROMETIDO.

Pode ter "glamur" para turistas não acostumados "aos exóticos brasileiros" que dão tapas nas costas do interlocutor, interrompem quem fala, fura fila de banco, se metem em tudo.

Para quem mora aqui e está acostumado com as paspalhadas, é tudo MUITO IDIOTA!

Então, leitor(a) seja isxxxxxperrrrttuuuu (esperto):

Abstenha-se de ser inconveniente.

O resto do mundo e eu, agradecemos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Pior do Brasil são os brasileiros!

O Pior do Brasil são os brasileiros!
(sobre os servidores públicos em greve)



Parafraseando um slogan publicitário de um produto que nem sei mais qual, afirmando que aquilo que o Brasil tinha de melhor eram os brasileiros (“O Melhor do Brasil são os brasileiros”), utilizo-me de minha artéria crítica, para apontar um paradigma oposto:



O pior do Brasil são os brasileiros!!!



Antes de vc - leitor brasilianista - me censurar, leia-me com atenção.



Você está satisfeito com o Estado brasileiro?



Quando você busca um serviço público, seja para pagar um boleto num caixa bancário, registrar um BO ou acionar a Justiça vc sempre tem a resposta que precisa, no momento que deseja com a consideração que merece?



Ah, não?



Pois bem.



Vc acha justo que (novamente) o Poder Judiciário, a Polícia Civil ou os bancos estatais façam greve?



A despeito das reivindicações dessas categorias (que devem ser as mesmas de sempre: dinheiro, dinheiro, dinheiro. A PCDF quer 28% de reajuste!!!), a sociedade é quem se arrebenta, se tornando mais descrente da utilidade dessas órgãos quando se necessita.



Proponho uma reflexão:



Todo mundo sabe que quem se torna servidor (uma maioria esmagadora!) procura a ESTABILIDADE do cargo e a SEGURANÇA do salário e benefícios.



Mas e a contraprestação social?



Ou será que a Justiça, a Polícia e os Bancos não acham que prestam um serviço público, ainda que com características privadas (no caso dos bancos)?!?



É muita irresponsabilidade, descaso e deboche! Em outras palavras: estão cagando e andando para vc, cidadã/cidadão!!.



Ainda mais levando-se em conta o salário mínimo de R$510,00 (pode chorar, meu senhor! Vc trabalha bem mais e ganha BEM menos!).



Nesse sentido e em muitos outros, (veja a acomodação profissional e econômica dos servidores) a tal da estabilidade que protege o servidor e a segurança do dinheirinho no bolso (sem dias cortados nas greves!) são PERNICIOSAS para as/os cidadãos que como eu esperam um serviço de qualidade por um valor altíssimo pago com MEUS (SEUS/NOSSOS) impostos (Judiciário: média entre 5 mil 25 mil; Polícia: média 8 mil a 16; bancos: inimagináveis).



E não para por aí.

O mesmo paradigma da “estabilidade” e da “segurança” são as lentes para preparar a nova geração de servidores que estão por vir.



Ou vc duvida que essa horda de gente que faz concurso na visão da “estabilidade’ e da “segurança” vai fazer diferente????



Esse “mantra profissional” (os monges que me perdoem o acinte!) é pregado de cabo a rabo nos cursinhos e corredores de bibliotecas, no meio dos “concurseiros”.



Então, não seja ingênuo/a!



A mentalidade antiquíssima do brasileiro é MAMAR nas tetas da mamãe Pátria. Aproveitar-se do mais fraco (quem não está no Estado, com “estabilidade” e “segurança”). É passar a vida toda montado na Justiça, na Polícia e nos Bancos, sem trabalhar direito, sem prestar um serviço digno do salário, sem dar uma resposta à sociedade à altura desse salário ou subsidio.



E se vc reclamar, ainda ameaçam te prender por desacato à “autoridade”. A autoridade é vc, cidadã/cidadão. É por vc que existe toda essa máquina maldita cujo único objetivo é o da manutenção de inúteis (com raríssimas exceções que nunca duram num setor)!



Eu nem sei porque ainda me espanto, já que a mamação é uma antiga companheira do País.




Foi assim que os portugas caídos das Naus (dizem que eram, em sua maioria ladrões, assassinos e putas!!) em troca de Sesmarias, poderes e benesses, encontraram-se com os índios que trocavam comida e terras por espelhinhos e bugigangas.



Será essa a estranha evolução do Servidor Público atual?!?.



Está na MENTALIDADE tupiniquim: a malandragem, a ineficiência, o oportunismo, a individualidade burra e a preocupação com as férias em Miami ou Recife, os feriados emendados e as greves de dois meses!



E é só isso.



Não espere que vá mudar, não vai!



É por isso que eu sempre digo: abaixo o Estado com jeitinho! Viva a capacidade profissional no Capitalismo (esse sim, é direto! Tira de vc na cara dura. Não se utiliza do expediente da “estabilidade”, da “segurança”. Te joga no olho do furacão. Produziu com eficiência, está dentro. Do contrário: RUA!!).



Está vendo? Esse País tinha tudo para dar certo...



Mas ainda não deu.



O pior do Brasil, são de fato, os brasileiros!



E vc?



Quer começar (ou continuar) a ser o fardo do seu País???

domingo, 25 de abril de 2010

O Fim está Próximo! (ou o processo de pauperização das relações humanas)

Como já diria o profeta (para os gnósticos, a própria consciência): o Fim está próximo!

Não se trata do "Fim" cristão ou maia. Tão pouco quero falar das catástrofes naturais ocorridas neste ano.

Cuida-se do Fim das relações humanas como as conhecemos.

A cada dia mais e mais infelizes engrossam o exército de mortos-vivos incapazes de se relacionar intensamente, verdadeiramente.

Come-se mal. Dorme-se mal. Vive-se como zumbi. Passa-se meses levantando as 6 da manhã, dormindo a meia-noite, esperando pelas férias que - com certeza - terão fortes emoções nas telas dos PCs.

Incrível como na Era da Inteligência Artificial, com todos os i-toucheds e virtualities - o humano (genericamente: toda a raça humana) continua profundamente e miseravelmente SOZINHO e INFELIZ.

Que praga será essa que assolha a humanidade sedenta de amor romântico e paixões irresistíveis? Com fome de pele-a-pele, umidade e afeto?

Bolei um nome: pauperização interpessoal!

Amizades superficiais de internet. E-relações de avatares. Sexo de mentira no 'reservado'. Casamento de perfis das agências de nomoro virtuais!

Orkuts; Sexblogs; Facebooks; páginas pessoais.

Tudo isso é infinitamente PEQUENO frente às necessidades amorosas-sexuais das sujeitas e dos sujeitos que buscam desesperadamente AMOR, AFETO, SATISFAÇÃO SEXUAL - ironicamente - por esses canais....

Por que o mundo real não nos oportuniza mais as relações das quais tanto desejamos e tanto esperamos?

O que mudou nesses últimos 15 anos?

É tanta coisa para fazer durante as 18 horas em que ficamos acordados que nem temos tempo (e coragem) de conhecer alguém em profundidade.

As pessoas vão para casa, ligam seus computadores à noite e gastam mais 2 horas tentando encontrar alguém que valha a pena amar ou que possibilite prazer real.

No fim é tudo igual: todo mundo procura todo mundo e ninguém encontra ninguém!

Acabou-se a era da inocência.

Começou a Era da excrescência relacional.

... o Fim está próximo!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

O STJ, A Lei Maria da Penha e a vitória do patriarcado.

Enquanto isso em Brasília....

Como se já não bastasse toda a roubalheira que tomou a Capital Federal - com o Governador lalau e a quadrilha da Câmara Legislativa - na semana passada a Sociedade brasileira teve uma VERGONHOSA baixa!

O Superior Tribunal de Justiça - STJ, decidiu que para a continuidade da ação penal de natureza leve há a necessidade da representação da mulher, a mesma que depois da ocorrência policial vai tomar porrada do algoz que mora com ela tão logo retorne ao "Lar Doce Lar"!!!

Não é um absurdo?!?!?!

E o mais impressionante foi a argumentação de um dos Ministros que, a pretenxto da "perpetuação da família" (olha que idiotisse sem tamanho!!!) votou pela disposição da ação por entender que o casal merece uma segunda chance....

Incrível, não é??

Ora, seu Ministro e demais machões, a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) tem o objetivo nobre de erradicar as violências contra as mulheres e a chamada "violência intrafamiliar" (extensiva a todos os membros de uma família, e não unicamente a mulher!).

Essa balela porca de "em briga de marido e mulher, não se mete a colher" já era. Na época dos coronéis era vigente, hoje, não mais!

Não pode haver família, amor, casamento, perpetuação ou o caralho, diante de um ato de violência! Se o cara fez uma vez, fará de novo. Ele não precisa de uma segunda chance para terminar o que começou...

Caras cidadãs, neste 8 de março não teremos muito a comemorar.

Neste exato momento em que você lê meu artigo muitas mulheres são espancadas, violadas ou mesmo mortas em nome do silencioso e horrendo  "até que a morte os separe".

Como disse sabiamente uma atuante dos direitos humanos, "não se pode deixar unicamente a cargo de uma mulher vítima de violência que escolha se prossegue ou não numa ação penal diante de um agente que comete um crime".

Espancar, ameaçar, violar, estuprar, matar são todas condutas criminosas descritas nas Leis Pátrias! O Estado tem de tomar a iniciativa e a manutenção da ação para processar o agressor, o estuprador, o assassino, com mais rigor se tal agente malfeitor morar na mesma casa da vítima, já que as chances de o criminoso cometer vários tipos penais é enorme!

Seu Ministro, se o Estado não pode tomar parte atuante nos processos e julgamentos dos criminosos - ainda mais dentro da família, então de fato, estamos perdidos.

Toda a Sociedade brasileira está perdida!

Inclusive a sua família, Ministro!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Em contraposição ao Homem-Lixo, o homem possível

Quem leu minha última postagem - em que discorro sobre a bostalhagem masculina (chamando-a de "Homem-Lixo"!), imagina que eu seja anti-homens ou radical demais.

O objetivo daquele texto não era fazer com que vcs pensassem assim ...

Tencionei apenas alertar as mulheres e, principalmente, os homens de como estão se tornando previsivelmente infelizes no amor, no sexo, nas relações interpessoais.

Alguns de vcs devem ter se perguntado: - "Afinal de contas, que homem é esse que ela procura?"

Respondo.

Em contraponto ao "Homem-Lixo", desvendo às leitoras e aos leitores, o homem possível!

Estou numa busca afetiva já há algum tempo. Conheci muitos homens legais e outros nem tanto, nesses últimos anos. Homens tão interessantes que me fazem refletir sobre o motivo de eu não estar ao lado deles...

A reflexão é tão profunda que até hoje não tenho respostas convincentes para justificar meu desinteresse por tipos como os "homens-lixo". Tão pouco os desencontros nos caminhos que poderiam me levar aos homens possíveis, afetivamente, não como amiga.

Talvez seja uma das reflexões mais correntes entre as mulheres sem parceiros fixos que estão na mesma faixa etária, social e cultural que a minha.

Mesmo assim, me desnudarei para vcs, leitoras/es.

Um homem possível, para mim, é um homem comum com algumas qualidades que julgo necessárias para passarmos da fase do sexo descompromissado.

É um homem másculo o bastante para não se sentir agredido pela minha feminilidade. Um homem seguro o suficiente para não me pedir para parecer burra ou fútil diante dos amigos. Um homem que não tenha medo de expressar sentimentos íntimos (se tiver vontade), nem ser confundido com gay ou "mulherzinha" pela aparente fragilidade.

Um homem compreensivo e parceiro. Responsável pelos seus próprios atos e omissões. Que tenha cultura, inteligência e saiba debater (num português pelo menos correto, viu?!) sobre diversos assuntos que extrapolem sua área profissional.

Um homem que cuide do corpo, da saúde, do espírito, sem obssessões ou neuras. Que tenha uma beleza que não precisa ser fatal, mas que contenha doses de charme, sensualidade, masculinidade (adoro "cheiro" de testosterona!!!!) e muito tesão.

Que reflita sobre os males e as benesses do mundo e às vezes até arrisque umas soluções.

Um homem que ao invés de desejar ter filhos como satisfação dos sonhos frustados, resolva entrar para a história como um realizador incansável dos próprios sonhos.

E a cereja do Martini:

Que saiba surpreender para não deixar a rotina avassalar a relação!

Viu só?!? Aposto que muitos dos homens que lêem agora meu blog têm várias dessas características.

A questão é: como faço para encontrar esse homem e fazê-lo me enxergar além das aparências?

Bem, quando eu conseguir responder essas perguntas, não me restará mais muito tempo escrevendo este blog...

sábado, 5 de setembro de 2009

O Homem-lixo - um estranho na cadeia humana!

Estimadas amigas e caros amigos,

Fiz uma descoberta curiosa! Encontrei uma variação do Homos Sapiens macho que também "evoluiu" na cadeia animal humana.

Esse animal humano (metaforicamente) possiu uma deformidade crônica no caráter (e no mal gosto) que inviabiliza por completo relações afetivas com mulheres como eu, por exemplo.

Quer saber por que?

Conta a lenda que por volta da década de 80, com a expansão do uso do plástico em massa em diversas utilidades, alguns machos da raça humana ao tomar água num córrego, engoliram saquinhos de proteção que envolvem modess (isso mesmo: absorventes higiênicos femininos!), provocando nesses homens uma degeneração moral tão grave que finalizou com a mutação total dos seus genes.

Os resíduos tóxicos oriundos do plástico e das regras (vulgo: menstruação) liberados em excesso no lugarejo de Knsoticosonville (sei lá onde fica isso...), deixaram esses homens permanentementes degradados.

Tal devassidão mental se manifesta precipuamente em seu (dele!) pênis!

Assim, o pobre desgraçado doente desse mal manifesta comportamentos repugnantes para um homem de verdade: está sempre de pau duro por qualquer coisa que se equilibra em saltos altíssimos de acrílico, usa calças jeans justésimas, tem cabelos impregnados de química alisante, falam como crianças, ouvem funk, country e axé e são bestas humanas de tão burras!

Não é doentio?!?

Uma amiga minha tem uma opinião astuta sobre isso!

Ela diz que os homens são naturalmente nojentos (todos, sem exceção!), tanto é que metem o pinto em buracos feitos em melâncias, em animais de pequeno e médio portes (bodes, cabras, vacas, cachorros, lebres, patos, galinhas, etc...) e furos em colchões. Assim, esse desvio moral no desejo meramente animal pelas criaturas acima descritas, é fichinha....

Outra amiga é menos radical, preferindo uma opinião mais branda.

Para ela esses homens-lixo têm o enojante comportamento em razão da massificação da porcaria. Então, eles manifestaram esse (mal) gosto já que as mulheres estão se degradando de tal modo e buscando uma imagem (e um conteúdo, também!) igualmente "aporcalhada" bem próximas a desses pobres degenerados. Cita como exemplo um miseravel que, em plena tarde de terça-feira permanece em casa, de fronte a TV, de chinelos e bermudas, enquanto a companheira sai para trabalhar, ou seja, ela deslindou uma nova característica da subespécie: a parasitária.


Finalmente, uma terceira amiga sensatamente afirma que não foi o sangue menstrual das mulheres ou as toneladas de plásticos formadoras do arquipelago de plástico que viaja pelo Atlântico os causadores do mal masculino, mas sim a solidão imensa que faz com que homens e mulheres se desencontrem.

Para ela, algumas mulheres se trasmutam (negativamente) naquilo que desprezam (a fulaninha de acrílico descrita no começo da crônica) com absoluto pavor de ficarem sozinhas (sem um homem para chamar de "seu"!). São mulheres machistas, criadas num ambiente estuprante em que o quê conta é "seu" (delas) homem para mandar nelas e perpetuar a espécie (dos homens-lixo).


Já os homens, como são invadidos pela criação promovida por mulheres que sempre foram "patriarcalizadas"(posso explicar isso para vocês num outros artigo, ok?) tornam-se o "lixo-fabricado-pelo-lixo", não tendo outra forma de agirem pois têm medo de serem melhores do que são.

Em outras palavras: têm medo de superarem o lixo que habita em si!

Como se não bastasse todos os males crônicos desse ser aberrante, um dos sintomas patentes de que os genes ruins atravessaram a geração é a cegueira congênita e perene desse subtipo humano para enxergar as mulheres que têm uma beleza não-óbvia, delicadeza de espírito, bom gosto musical, voz de mulher e capacidade intelectual invejável.

O motivo também é perfeitamente explicável!

Já que não dão conta da complexidade dessas mulheres de verdade, nem entendem lhufas do que elas falam (uma vez que estão viciados na vulgaridade), essas mulheres são ininteligíveis para eles.

Bom, de todo apanhado nem tudo está perdido. Ainda há homens no mundo que não são como os descritos aqui. Homens que não absorvem porcarias. Sérios, compenetrados, seguros, altivos e belos de verdade, em todos os sentidos!

E a moral da história é que eu e minhas três lindas, inteligentes e surpreendentes amigas preferimos continuar solteiras, diante da sujeirada promovida pela população de homens-lixo.

Ainda que tenhamos até uma certa peninha deles...