domingo, 28 de fevereiro de 2010

O STJ, A Lei Maria da Penha e a vitória do patriarcado.

Enquanto isso em Brasília....

Como se já não bastasse toda a roubalheira que tomou a Capital Federal - com o Governador lalau e a quadrilha da Câmara Legislativa - na semana passada a Sociedade brasileira teve uma VERGONHOSA baixa!

O Superior Tribunal de Justiça - STJ, decidiu que para a continuidade da ação penal de natureza leve há a necessidade da representação da mulher, a mesma que depois da ocorrência policial vai tomar porrada do algoz que mora com ela tão logo retorne ao "Lar Doce Lar"!!!

Não é um absurdo?!?!?!

E o mais impressionante foi a argumentação de um dos Ministros que, a pretenxto da "perpetuação da família" (olha que idiotisse sem tamanho!!!) votou pela disposição da ação por entender que o casal merece uma segunda chance....

Incrível, não é??

Ora, seu Ministro e demais machões, a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) tem o objetivo nobre de erradicar as violências contra as mulheres e a chamada "violência intrafamiliar" (extensiva a todos os membros de uma família, e não unicamente a mulher!).

Essa balela porca de "em briga de marido e mulher, não se mete a colher" já era. Na época dos coronéis era vigente, hoje, não mais!

Não pode haver família, amor, casamento, perpetuação ou o caralho, diante de um ato de violência! Se o cara fez uma vez, fará de novo. Ele não precisa de uma segunda chance para terminar o que começou...

Caras cidadãs, neste 8 de março não teremos muito a comemorar.

Neste exato momento em que você lê meu artigo muitas mulheres são espancadas, violadas ou mesmo mortas em nome do silencioso e horrendo  "até que a morte os separe".

Como disse sabiamente uma atuante dos direitos humanos, "não se pode deixar unicamente a cargo de uma mulher vítima de violência que escolha se prossegue ou não numa ação penal diante de um agente que comete um crime".

Espancar, ameaçar, violar, estuprar, matar são todas condutas criminosas descritas nas Leis Pátrias! O Estado tem de tomar a iniciativa e a manutenção da ação para processar o agressor, o estuprador, o assassino, com mais rigor se tal agente malfeitor morar na mesma casa da vítima, já que as chances de o criminoso cometer vários tipos penais é enorme!

Seu Ministro, se o Estado não pode tomar parte atuante nos processos e julgamentos dos criminosos - ainda mais dentro da família, então de fato, estamos perdidos.

Toda a Sociedade brasileira está perdida!

Inclusive a sua família, Ministro!